terça-feira, 20 de março de 2012

Allegro non molto

Depois de tanto tempo na caverna do saber, minha consciência da uma pausa nos estudos intermináveis para mergulhar mais uma vez nessa atmosfera de ar rarefeito que comprime meu peito e banha minhas narinas com o cheiro forte dessa tinta que uso para escrever.
Ainda me falta tanto, tanto quanto pode se faltar, e permaneço sentindo a falta de tudo que está por vir. Aah, que sensação. É impossível descrever com essa caneta, preciso de novas ferramentas para me expressar. Surpreenderiam-se ao verem-me erguer uma pirâmide no centro dessa cidade para louvá-las? Naah.. Arquitetura nunca foi o meu forte, mesmo. Prefiro inspirar-me nos cantos celestiais e encantar os espíritos com melodias líricas. Espantaria a todos os vivos saber o quanto essas vibrações podem mudar uma história.
Credo, não consigo nem mais escrever direito. Parece que tanto tempo na caverna do saber pode mudar muito os sentimentos... melhor assim,
Tragam meu remédio! Aqui está, senhor.
Acho que eu deveria voltar a escrever poesias.
Entretanto...
Certa noite, em um bar, ao som do melhor jazz que essa cidade tem a oferecer, conheci uma moça que disse que escrevia só para si mesma. A partir desse dia passei a pensar mais sobre o que significa, para um escritor, não precisar de leitores.

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