Silêncio. A serena calma de um descanso necessário. O momento em que me tiro do centro do palco e me torno um observador.
Muitos continuam a caminhada, muitos não pensam em descansar. Seguem
seus caminhos e nem sequer percebem que estão sendo observados. O
caminho é bem marcado. É necessária muita vontade para desviar o olhar
dele e ver o que nos rodeia.
Deitado permaneço. Mesclo-me ao solo e às folhagens. Tornamos-nos muitos e estamos todos observando.
Insistimos em observar, há muita beleza no caminho.
A beleza me vê e sorri para mim. Torna-se a compreensão. A compreensão
também deseja descansar conosco. Venha, aqui é tudo pacífico e simples,
como na planície de onde viemos... Lembra-se?
A compreensão une-se
ao desejo e se vai, seguindo o caminho. O tempo se inquieta. O vácuo da
vontade me impulsiona, não estou mais cansado.
Volto a caminhar.
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